Melatonina – O que é e para que serve?

Melatonina – O que é e para que serve?

Como já se sabe, o sono adequado e reparador é essencial para que os seres humanos tenham uma boa saúde e disposição para executar suas tarefas ao longo do dia. Dependendo da idade, a recomendação de duração do sono difere podendo variar de 7 a 8 horas para adultos e 9 horas para adolescentes. Para regular o sono, existem fatores genéticos, neuronais e neurotransmissores hormonais como a adenosina, serotonina e melatonina.

A melatonina é naturalmente produzida no cérebro humano e muito conhecida por ser o hormônio do sono. Ela é produzida por uma parte do cérebro chamada de glândula pineal, sendo sintetizada a partir do triptofano e derivada da serotonina (hormônio do bem-estar). A produção de melatonina é realizada a partir do ciclo circadiano, que é sincronizado com a iluminação ambiental conforme dia ou noite. O pico da produção de melatonina se dá durante a noite, e a intensidade da exposição a luz do ambiente pode bloquear completamente a síntese de melatonina.

Essa substância também pode ser encontrada em alguns alimentos vegetais como: Morango, cereja, uva, banana, abacaxi, mamão, manga, tomate, azeitona, cereais; e alimentos de origem animal como: Carnes e ovos. Apesar da melatonina ser produzida de forma endógena, algumas pessoas podem apresentar deficiências e não a produzir de forma adequada. Nestes casos, pode ser recomendada a suplementação, que apesar de haver muito receio por parte dos consumidores, não vicia e é relativamente segura.

Pessoas que não tem sono regular e fazem mudanças repentinas nos ciclos do sono podem levar a alteração da produção de melatonina a partir da dissincronia com os sinais ambientais. Estes fatores elevam os riscos para a piora cognitiva, doenças cardiovasculares e metabólicas, além de deixar o sistema imune debilitado.

Além disso, a melatonina possui efeito antiinflamatório e antioxidante, protegendo o organismo de distúrbios metabólicos e obesidade. Quando há a privação do sono, os hormônios da fome e da saciedade também são alterados, pois há um maior consumo de energia para manter o corpo em estado de “alerta”. Um estudo realizado com crianças demonstrou que crianças obesas tinham níveis mais elevados de melatonina em 1 hora de sono. Isso pode ser explicado pelo fato de o organismo aumentar a sonolência para ganhar tempo e reparar os danos neutralizando o estresse inflamatório e oxidativo da obesidade e deficiência de sono.

Outros benefícios podem ser encontrados amplamente em diversos estudos, como a regulação da pressão arterial, tem efeito analgésico, pode ajudar na fertilidade feminina e aumenta a proteção da pele. Apesar de todos os benefícios, a suplementação deve ser cautelosa e acompanhada por um profissional. Estudos demonstram que a ingestão de até 1g de melatonina ao dia é segura e não causa toxicidade. É indicado para pessoas que sofrem com distúrbios do sono e contraindicado para gestantes e lactantes.

 

Natalia Peres
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